Noticias


02/07/2012
 
Condenado
 
Acusado de terrorismo contra igrejas é condenado
Um dos ex-terroristas "mais procurados" pela polícia da Indonésia, acusado de fabricar explosivos que foram usados contra várias igrejas no país, como parte de uma investida anti-cristã de grupos radicais islâmicos, em 2000, foi condenado a 20 anos de prisão.
Umar Patek, foi condenado na última quinta-feira, (21/06), ao ser considerado culpado de seis acusações, incluindo assassinato, fabricação de bombas e terrorismo.
Ele foi acusado de coordenar diversos ataques a igrejas, em Jacarta, na véspera de Natal do ano 2000, como parte de um grande ataque a 25 igrejas de onze cidades, por militantes do grupo islâmico, Jemaah Islamiyah. Na época, 19 pessoas, a maioria cristãos, foram mortos.
Patek também foi condenado por fabricar explosivos que foram usados nos atentados de Bali, em 2002, nos quais 202 pessoas morreram, a maioria estrangeiros.
Os cristãos na Indonésia sofreram impiedosos ataques, de grupos radicais islâmicos, entre 1999 e 2002, nos quais mais de 6.000 pessoas morreram.
Patek era um dos terroristas mais procurados da Indonésia, passou quase uma década fugindo da polícia, antes de ser descoberto na cidade paquistanesa de Abbottabad, vários meses antes de Osama Bin Laden ser morto na mesma cidade.
Ele era o último acusado, dos atentados de Bali, que esperava julgamento. Uns foram executados, mortos em batidas policiais, outros estão cumprindo prisão perpétua.
A promotoria pediu ao tribunal pena de morte para Patek, mas foi-lhe dada uma sentença mais branda, por ele ter cooperado com a polícia, e também por ter feito um pedido público de desculpas às famílias das vítimas, aos cristãos e ao governo.


02/07/2012
 
Pedido Negado
 
Cristãos têm pedido de alteração de religião negado
O rígido sistema do Paquistão, que proíbe aos muçulmanos mudar sua religião em seus documentos de identidade, quase custou o cargo de um político, de Punjab, mesmo ele sendo cristão desde que nascera.
Os adversários políticos de Rana Asif Mahmood, tentaram destituí-lo de seu cargo na Assembléia Provincial de Punjab, reservado para as minorias do país, já que no Banco de Dados Nacional e na Autoridade de Registros (NADRA) ele era identificado como muçulmano.
Mahmood disse que a NADRA o identificou erroneamente como um muçulmano por causa de seu nome e que recusaram-se em corrigir o erro. O erro não só custou a Mahmood sua posição no gabinete, mas também a sua parte na proposta de orçamento provincial para 2012-13, disse ele.
A lei estabelecida pela NADRA, proíbe os muçulmanos de alterar sua religião na Carteira de Identidade Nacional (CNIC), embora os não-muçulmanos possam facilmente obter tais mudanças - especialmente se eles se convertem ao Islã.
"Só tomei conhecimento da situação quando meu filho solicitou uma CNIC alguns meses atrás", disse Mahmood. "Foi dito a ele que não podia ter o cristianismo como sua religião na identidade, porque os registros mostraram que eu, seu pai, era muçulmano".
Quando ele pediu aos funcionários da NADRA para efetuarem a correção, disse Mahmood, disseram-lhe que não havia nenhuma disposição para a mudança de religião. Ele disse aos funcionários que seu passaporte o identifica como cristão, e que por duas vezes havia tentado corrigir o erro existente nos registros da NADRA, de classificá-lo como muçulmano.
Os adversários políticos de Mahmood fizeram uma petição, com base no erro, pela sua remoção do gabinete político, reservado às minorias étnicas e religiosas. Os partidos da oposição só aceitaram o esclarecimento de Mahmood, depois que ele declarou com veemência, na Assembléia de Punjab, que ele é cristão de nascimento, e ainda apelou a eles e aos meios de comunicação para que não façam propaganda contra ele, de modo que, incite os extremistas islâmicos a matá-lo.
Um oficial da NADRA que pediu anonimato, disse que uma pessoa pode obter facilmente a mudança de religião nos registros de identidade de qualquer religião para o Islã, mas que o mesmo critério não é usado para as pessoas que desejarem mudar do Islã para outras religiões.
"No meu entender as barreiras só são impostas às pessoas que queiram mudar do Islã para outras religiões", disse ele.
Ao mesmo tempo, ele acrescentou que, se na CNIC, há evidências de um erro sobre determinada religião, que o erro deve ser corrigido. Disse ainda que, quando uma pessoa solicita uma CNIC, ela recebe um formulário para atestado, e que nessa fase o candidato pode relatar erros.
Foi exatamente isso o que fez Mahmood!
"Eu percebi o erro em meu formulário de atestado e informei à NADRA. Depois de alguns dias eu recebi minha CNIC e não mencionava a religião, então eu presumi que a NADRA tinha atualizado seus registros ", disse Mahmood.
Os problemas podem ser ainda mais graves para os convertidos, como Muhammad Kamran (34). Ele sofreu uma lesão pélvica após apanhar de homens não identificados, por se converter do islamismo ao cristianismo. Kamran não tem obtido tratamento médico por causa de sua opção religiosa.
Um ativista de direitos humanos criticou a política do NADRA.
"Isso é lamentável e uma violação dos direitos humanos", disse ele em condição de anonimato. "Essa política parece ser um reflexo dos costumes que proíbem os muçulmanos de mudar de religião, mas não deixa de ser uma violação dos direitos básicos de uma pessoa".


02/07/2012
 
Conflito armado
 
Igreja Síria permanece firme em meio à crise
As revoltas que derrubaram ditadores em alguns países do mundo árabe, conhecidas como "primavera árabe", também chegaram à Síria, onde uma parcela da população deseja ver a queda do governo de Bashar al Assad. Desde então o país se encontra em um conflito armado entre governo e força de oposição.
Carros, táxis e ônibus enchem as ruas de Damasco. As lojas estão abertas, como de costume e você vê as pessoas andando por toda parte. A vida continua como de costume na capital da Síria.
Mas à noite você pode ouvir o bombardeio dos subúrbios da cidade. Em vários pontos da cidade, estradas estão bloqueadas por causa das bombas que explodiram lá nos últimos meses. A situação na Síria, até mesmo na cidade relativamente tranqüila de Damasco, está longe do normal.
Uma equipe de colaboradores da Portas Abertas pôde visitar este país que, de acordo com o presidente Bashar al Assad, está em guerra civil. Os confrontos no país já duram 16 meses, sem nenhum sinal possível de paz. A violência está paralisando a economia.
Em todos os lugares, há sírios que perderam seus empregos, essa realidade não é diferente entre os cristãos do país.
A crise tem aproximado os cristãos de Deus, essa é a convicção de vários líderes cristãos do país. Eles compartilharam isso quando os colaboradores da Portas Abertas os visitaram. "Foi muito encorajador ver como eles estão fortes, como eles confiam de que Deus vai usar a crise atual para a expansão do Seu Reino", disse um dos colaboradores.
O pastor de uma igreja protestante disse: "Minha esposa e eu sentimos que é o momento certo para estarmos aqui. Podemos servir de apoio para pessoas e famílias. Também para a Igreja é uma grande oportunidade para se tornar mais atuante e presente na sociedade. Vemos muitos corações abertos para receber o evangelho.
"Nós sabemos que este é um momento especial para a igreja e acreditamos que isso vai contribuir para a salvação de muitas pessoas em nossa cidade e em todo o país", concluiu o pastor.
Ao visitar outra igreja, outro pastor compartilhou que, "antes que a situação ficasse tão extrema como está agora, vimos cristãos fragmentados e com muito medo. Mas agora, após as tragédias, estamos nos reunindo para orar com mais freqüência e intensidade. Isso é encorajador para nós".
"Ele dá um exemplo de como alguns membros da igreja agem: "Ontem, um membro da igreja foi ao Banco comercial. Ficou um tempo na fila do Banco. Ele orou em seu coração pedindo a Deus estratégia sobre como alcançar as pessoas que estavam ali e, em seguida, sentiu que deveria apenas dar um passo de fé e compartilhar o evangelho.
Ele deu um passo à frente, segurou o evangelho para o alto e disse: "Este é o evangelho, a palavra de Deus e vai trazer-lhes a vida eterna. Quem quer lê-lo? Se você quiser um, eu consigo pra você". Ele poderia dar o evangelho a um número considerável de pessoas, já que levara cerca de vinte exemplares.
Nem todos os cristãos reagem assim diante da crise. Nas igrejas também ouvi sobre cristãos que deixaram o país ou que estão pensando em deixá-lo. "Um bispo que conhecemos disse que ele havia guardado as coisas mais valiosas de sua igreja em um lugar seguro. Mas eu estou vivendo aqui, não quero sair. Quando a violência chega à nossa cidade, os membros da minha igreja podem até fugir, mas espero que eu possa ter coragem para ficar".
Pedidos de oração
Louve a Deus pela unidade crescente entre as igrejas em meio à crise no país;
Peça a Deus que Ele use essa situação para a expansão do seu Reino no país;
Ore para que a Igreja cresça mais forte;
Peça a Deus pelo estabelecimento da paz na Síria;
Ore para que o resto do mundo faça algo que colabore de modo efetivo para o fim dos conflitos na Síria.





24/04/2012
Colômbia

Guerrilheiros ameaçam pastor na Colômbia
O pastor da Igreja Missão Pan-Americana de Meta na região sudeste da Colômbia recebeu um "Último Aviso", de guerrilheiros em 29 de março, exigindo que ele interrompesse todas as reuniões religiosas e parasse de pregar a Palavra de Deus
Esta é a segunda vez no ano, que o pastor Juan Rodriguez* foi ameaçado por guerrilheiros das FARC-EP, ordenando que ele pare com todas as atividades da Igreja.
De acordo com informações dadas à Portas Abertas, um grupo de rebeldes foi à casa do pastor que lidera uma Igreja, localizada em La Palestina, uma pequena aldeia na Serra de La Macarena, na região de Meta. Dissseram ao pastor Rodriguez que este era apenas um aviso, que esperavam não ter que voltar lá para repeendê-lo novamente, caso contrário, ele sofreria "sérias conseqüências".
"Este foi o veredito final, e ninguém como eu sabe como é a sençação de estar na boca do Lobo", disse o pastor Rodriguez à Portas Abertas menos de 24 horas após ter recebido a ameaça. "Nós já sabíamos que isso poderia acontecer", disse ele, referindo-se à perseguição que ele e a esposa têm enfrentado nos últimos 16 anos.
Seis meses atrás, Rodriguez quase morreu por intoxicação após uma tentativa de homicídio instigada por insurgentes da FARC-EL, tentando pôr fim a seu Ministério de pregação e ensino do evangelho.
O pastor admitiu que não sabe o que fazer agora, ele é economicamente dependente das contribuições dos membros de sua Igreja, que atualmente têm menos de 70 pessoas. Ele pediu oração por fortalecimento espiritual para si e para sua esposa, e por provisão de Deus para suas necessidades básicas. Mas à despeito do medo, o pastor Rodriguez disse que os irmãos de sua Igreja entendem as dificuldades que ele tem enfrentado nesse Ministério. "Esta é uma situação muito dificil, mas estamos preparados, porque já passamos por isso antes quando tivemos que fechar nossa Igreja por um período de 7 anos", disse ele.
Depois de receber o treinamento "Permanecendo Firmes Através da Tempestade", ministrado pela Portas Abertas em fevereiro deste ano, o pastor disse:" Hoje sabemos que o Senhor permitiu que tudo isso acontecesse, para nos preparar para essa situação específica".
Quando o pastor Rodriguez comunicou aos líderes de sua denominação que ele havia sido ameaçado, eles demonstraram pouco apoio. Eles teriam dito a ele que foi por sua escolha de ficar em uma zona de intenso conflito entre guerrilheiros e o Exército colombiano, conflitos que se intensificaram muito nos últimos meses.
Apesar disso, o Pastor Rodriguez disse à Portas Abertas que os irmãos de sua Igreja continuarão se reunindo com as portas de suas casas fechadas , trabalhando em pequenos grupos e exercitando a oração juntos. Acompanhado de outros irmãos que compoem o corpo de liderança de sua igreja, ele tem separado 3 dias para um "retiro espiritual" no qual se fortalecem lendo a palavra e buscando a Deus em oração, de modo que possam suportar a dura realidade que enfrentam.
"Estamos cientes de que será necessário buscar outras alternativas para continuarmos nos reunindo e ensinando a Palavra", disse ele. "Estamos confiantes de que o grupo que vem se reunindo em nossa Igreja crescerá e se fortalecerá. Mas sabemos também que muitos ficarão assustados e vão querer desistir de sua fé. Apesar disso, estamos dispostos a continuar a servir o Senhor e a confiar Nele ", concluiu.
A Igreja do pastor Rodriguez ficou fechada de 1998 a 2005 por comando direto das FARC-EP. A igreja foi reaberta após o Exército Nacional dominar a região. Durante a administração anterior do presidente Álvaro Uribe, o exército colombiano havia investido 3,7% do PIB para combater os grupos guerrilheiros. Pouco após a eleição de Juan Manuel Santos, como presidente, em agosto de 2010, a guerrilha voltou a atuar em algumas áreas, revivendo sua estratégia de intimidar e atacar a Igreja Cristã.


24/04/2012
Assassinado

Rebeldes maoístas matam pastor na Índia
Um pastor de 35 anos foi assassinado em Andhra Pradesh, no sudeste da Índia, por um rebelde maoísta. A Polícia indiana e ativistas de direitos humanos confirmaram que o pastor teve a garganta cortada
O Fórum secular católico-cristão (CSF), uma organização não governamental indiana, disse que S. Dumbu, também conhecido na localidade como o Bingo, foi morto na semana passada na aldeia Jerrela depois que 3 homens mascarados bateram na porta de sua casa.
"Disseram-lhe que os maoístas estavam esperando por ele para discutir um assunto importante. Dumbu então acompanhou um dos mascarados, enquanto sua esposta, Janaki, ficou em casa," afirma o relatório da CSF.
"Alguns minutos mais tarde, o homem mascarado retornou à casa de Dumba e informou à Janaki que os maoístas o haviam assassinado, supostamente por causa de irregularidades na manutenção da Igreja."
O homem também teria tentado abusar sexualmente da esposa do pastor e fugiu com o dinheiro que ela tinha. A Polícia suspeita que os os maoístas sejam os responsaveis por outros três assassinatos locais. Oficialmente, os maoístas não reivindicaram o ataque.
Os rebeldes, que dizem ser inspirados pelo revolucionário chinês Mao Zedong, têm lutado por mais de três décadas em vários estados indianos, exigindo terras e melhores condições de vida para trabalhadores agrícolas e para os pobres.





Igreja doméstica

Prisão de pastor gera polêmica no Vietnã
O pastor cristão Nguyen Cong Chinh é líder de uma igreja doméstica no Vietnã. No entanto, a igreja dele não era registrada junto ao governo e, por isso, ele foi preso e condenado a 11 anos de prisão, sob a acusacão de "perturbar a unidade nacional"
O julgamento foi realizado na província de Gia Lia e deixou muitas pessoas pensativas sobre a coexistência da fé e do comunismo no Vietnã. O caso do pastor Chinh, que admitiu estar liderando a Igreja Menonita do Planalto Central, deixou os cristãos temerosos, com medo de que isso se torne comum num futuro próximo.
"Onze anos de prisão porque ele não registrou uma igreja que não estava prejudicando ninguém? Estou chocada", disse uma cristã que vive em Hanói e frequentava as reuniões que aconteciam sob a liderança do pastor Chinh.
"Eles sempre falavam bem do pastor, por isso é contraditório o prenderem e o condenarem a tantos anos de prisão por causa de sua fé", acrescentou a cristã.
Chinh foi preso em abril de 2011 e também condenado por fazer a distribuição de panfletos antigoverno que estariam "seduzindo as minorias étnicas rebeldes", disse o relatório.
No Vietnã, que é um Estado comunista, todas as igrejas devem ser registradas pelo governo, um sistema que é extremamente criticado por grupos de direitos humanos em todo o mundo.
"A atmosfera geral para a liberdade religiosa no Vietnã é hostil", disse John Sifton, diretor na Ásia da Agência de Direitos Humanos (HRW). Ele classificou o registro obrigatório de grupos religiosos e organizações como "um processo profundamente burocrático e crivado de armadilhas".
O caso do pastor Chinh traz à tona a estranha relação entre a religião e a política no Vietnã. Analistas políticos dizem que, enquanto o sistema está se abrindo paulatinamente, os responsáveis por instituições religiosas devem estar prontos para obedecer às leis e regulamentos.
Por enquanto, a comunidade cristã vai ter que esperar a libertação do pastor Chinh, isso é, se ainda houver a possibilidade dele receber clemência do Estado. "Eu realmente espero que isso aconteça, porque ele é um bom homem", disse um cristão.
Pedidos de oração

Ore para que haja um novo julgamento do caso e pela liberdade do pastor Chinh.
Peça a Deus que fortaleça a Igreja liderada pelo pastor Chinh para que não desanimem diante dessa difícil situação.
Ore pelas igrejas em países comunistas que são privadas de exercer seu direito de liberdade de culto.




Saques em congregação

Exército de Mianmar invade e saqueia igreja no distrito de Bhamo
No dia 13 de março, o exército de Mianmar invadiu e saqueou a Igreja Batista Sin Lum Pang Mu, na aldeia de Pang Mu, no distrito de Bhamo, norte do país
Segundo o reverendo Maw Gam Jangmaw, pastor da Igreja Pang Mu, os soldados do 33º batalhão da 88ª Divisão de infantaria queimaram bíblias, destruíram propriedades da igreja, roubaram um aparelho de vídeo, alto-falantes e pertences de moradores. Os soldados alegaram que a propriedade pertencia a um posto avançado do Exército de Independência de Kachin*. Eles também levaram dinheiro de doação do caixa da igreja.
O pastor e mil membros da igreja da aldeia Pang Mu abandonaram o campo de refugiados Yang, na aldeia Mai Já, em 19 de novembro de 2011.
Em 10 de março, soldados do Exército Birmanês* interromperam uma conferência cristã e ameaçaram um membro do Parlamento (MP) no Estado Chin, na Birmânia Ocidental, de acordo com a Organização de Direitos Humanos Chin (CHRO).
Mais de mil delegados de 80 filiais locais da Igreja Evangélica Mara (Chin) na aldeia de Sabawngte, no sul do Estado Chin, reuniram-se para a conferência, que teve permissão oficial. A CHRO relata que vários soldados do exército interromperam a reunião e repreenderam o chefe da aldeia por não informar às autoridades sobre o evento. Quando Pu Van Cin, um deputado do Partido Nacional de Desenvolvimento Étnico, viu os soldados confrontando o chefe da aldeia, tentou intervir, mas foi ameaçado com uma arma.
Bento Rogers, líder da equipe oriental Christian Solidarity Worldwide (CSW) na Ásia, disse: "Estes incidentes mostram que ainda há um longo caminho a percorrer no processo da reforma política de Mianmar, e por essa razão, a comunidade internacional deve ser cautelosa quanto às sanções que faz ao país. Temos visto uma evolução em nosso país em algumas áreas nos últimos meses, mas o Exército de Mianmar continua a violar gravemente os direitos humanos, principalmente em áreas etnicamente delimitadas, nisso podemos incluir a discriminação e a perseguição religiosa das minorias.
A liberdade religiosa é um valor fundamental em qualquer sociedade democrática, e por isso, se o governo birmanês quer uma reforma séria, deve proteger a liberdade religiosa das minorias. Pedimos à comunidade internacional que acompanhe atentamente a situação das minorias em nosso país. Embora seja certamente direito de aliviar algumas sanções, em reconhecimento dos progressos realizados, pedimos à União Europeia, Estados Unidos e os outros a fazê-lo gradualmente, passo a passo, e que mantenha algumas sanções até que uma verdadeira mudança ocorra.
Em Rangun e nas áreas urbanas há uma mudança atmosférica, mas não institucional, legislativa e constitucional que vai fazer da reforma irreversível. Nas áreas etnicamente delimitadas, os crimes contra a humanidade continuam. Apelamos a presidente Thein Sein e todos os funcionários reformistas do governo birmanês para tomar medidas para acabar com os abusos dos militares, e para proteger os direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa, para todos".





Prisões

Oficiais do governo prendem cinco cristãos no Laos
Cristãos são presos sob a acusação de "conduzir movimentos religiosos sem permissão oficial"
Oficiais de uma aldeia no sul do Laos prenderam (no domingo, 25 de março) cinco cristãos durante um culto sob a acusação de liderar um movimento religioso sem permissão do governo, segundo a ONG de Assistência aos Direitos Humanos e Liberdade Religiosa no Laos - Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF).
Os cinco cristãos do bairro de Palansai foram participar de um culto na aldeia Boukham, nas proximidades do distrito de Ad-Sapangthong. A Human Rights identificou os cinco por seus primeiros nomes, como é habitual no Laos: Phosee, Viengsai e Alee da aldeia Phosai; Poon da aldeia Pone e Narm da aldeia Natoo.
Anteriormente, eles haviam realizado muitos trabalhos cristãos em Boukham, na província de Savannakhet, sem nenhuma interferência das autoridades.
"Isso virou rotina no Laos", disse um pastor da capital ao Compass, sob condição de anonimato. "Na capital do país temos visto as coisas melhorarem um pouco. Mas as leis mudam com muita facilidade. As coisas podem mudar do dia para a noite, e a situação ainda é muito difícil nas províncias".
Membros da igreja Boukham se reúnem em uma casa particular, como fazem a maioria dos cristãos dos outros povoados da província. Os oficiais do governo se opõem fortemente aos pequenos grupos reunidos fora do guarda-chuva de igrejas aprovadas como a Igreja Evangélica do Laos (LEC), mas muitos cristãos preferem se reunir em casas-culto, por causa dos controles existentes sobre as atividades da LEC.
Após a prisão, que aconteceu às 14h no domingo, as autoridades mantiveram os cinco cristãos detidos no quartel general da vila Boukham, também usado em dezembro de 2011 na detenção de oito líderes de igrejas presos por reunir cerca de 200 cristãos para uma celebração de Natal.
Os oito líderes presos, em dezembro, alegaram que tinha pedido e recebido permissão para organizar o evento; inclusive, convidaram o chefe da aldeia para participar. O chefe se juntou a eles para a refeição de celebração, mas saiu antes do sermão. Forças de segurança da vila chegaram pouco tempo depois.
Naquela época, representantes da LEC pagaram uma multa para a liberação de um dos detidos, mas não tiveram sucesso na libertação de outros sete.
Uma semana depois, em 21 de dezembro, autoridades alertaram os 47 cristãos de uma igreja da aldeia Natoo, próxima ao distrito de Palansai que eles deveriam desistir de sua fé ou irem embora da aldeia.
"Temos implorado ao governo que respeite a liberdade de religião e crença, assim como garante a Constituição do país", disse um funcionário da Human Right em comunicado divulgado no domingo (25 de março).
O pastor disse que, embora as condições tenham melhorado na capital, as igrejas estão começando a enfrentar problemas típicos das igrejas ocidentais, o materialismo.
"Agora temos muitos grupos que entram no Laos para oferecer dinheiro", disse ele. "Antes, todos os pastores compartilhavam o mesmo carro velho. Mas agora todos têm o seu próprio carro, seu próprio computador, e não precisam mais compartilhar seus recursos com ninguém. Todos querem uma boa casa e dinheiro para enviar seus filhos às escola - e quem pode culpá-los por isso?". Antigamente, disse ele, as igrejas experimentaram uma maior unidade.
"Antes disso, eles olhavam para Deus como sua única fonte de ajuda", acrescentou. "Agora eles olham para os outros. Nossa maior necessidade é voltar ao primeiro amor, e viver em unidade."
 

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